Até onde me foi possível eu procurei ignorar, bloquear da memória, fingir o mais ficcionalmente que nunca foi comigo.
Porque? Por que cansa e dói ver certas coisas simplesmente não mudarem...
Mas não é assim que as coisas são!?
Quer eu queira (e às vezes como quero!) quer não, a vida que nas sábias palavras etílicas do Eduardo é a Grande Pedagoga, é também inexoravelmente cíclica. E quando volta é sempre como um bom nocaute, ou seja, fulminante e no meio da cara.
Não sei os demais, mas eu tenho o péssimo mau-hábito de me responsabilizar por tudo o que acontece de ruim-indesejado-fora do previsto. E fico remoendo e ruminando todos os eventos na vã e desgastante tentativa de encontrar o famoso: “onde foi que eu errei?”.
Como raramente fazemos alguma asneira de cabo a rabo sozinhos, essa resposta torna-se indefinida, porque costuma envolver terceiros.
Mesmo quando você tenta se antecipar à “Vida” esta te mostra que possui seu próprio tempo e que com ela não existe o famoso sistema de dependência, não dá para ir ao próximo ano letivo sem cursar o “ano anterior” completo e como se não bastasse, quando você quer amarrar as pontas soltas o “outro” não quer...
Então te resta aguardar e você aguarda tanto que acaba esquecendo... fica na dúvida se terá realmente que “repassar” determinados eventos e quando a coisa recomeça nem se dá conta. Acredita que está tendo uma “outra oportunidade”... algo inteiramente novo, mas a verdade é que não passa de um maldito “repeteco”. E quando dá por si, já está!
É uma terrível inabilidade em lidar com certas situações e pessoas que vai me angustiando a pequenas colheradas e que por sua vez retroalimenta o processo.
Minhas desculpas, mas assim “não dá pé” para mim. Bem como não dá mais para ser a parte eternamente compreensiva da história que sempre está aquém das expectativas. Não quero mais ser o folclórico misto de partido político e religião de um homem só... não mais.
E como não dá para mudar o mundo que me cerca... seguirei a “sugestão” do Escoteiro Azul no memorável Reino do Amanhã: fazer minha própria fazenda de “faz de conta”.
A parte boa desta solução (que não é nada inovadora da minha parte, apenas terá o afinco que não coloquei anteriormente) é que ela vem em pílulas e sem a Princesa Amazona para estragar a festa...
